quarta-feira, 16 de março de 2011

Da Hipocrisia ao Futuro


Este vai ser um texto um tanto... Diferente. Ou não. Vai saber, às vezes vocês entendem dos meus textos mais do que eu. Bom, o fato é que isto soará mais como uma conversa do que qualquer outra postagem.





Eu não sei se isso é válido, mas eu acho que todo o escritor de ficção é um hipócrita. Mas é um tipo de hipocrisia diferente. Ou... sei lá, é difícil de explicar. Sabe? Às vezes eu tento transmitir tantos tipos de sentimentos na minha escrita que eu acabo me esquecendo que a maioria deles, eu não vivi. Do tipo, a coragem de um personagem secundário; ou a força de vontade e o espírito incansável do protagonista daquele conto acolá; ou até mesmo um ato inesperado que um dos integrantes da história fez no meio da narrativa. Eu não passei por isso tudo. Não tive a coragem daquele fulano de tal numa hora que precisei ter, ou nunca tive a força de vontade daquele outro ciclano, ou então, eu nunca fui capaz de realizar um ato que era preciso.
Por isso, acaba que eu estou pensando assim: Meus personagens são melhores do que eu.

E, geralmente não é só. Ultimamente, eu fico orgulhoso de mim mesmo por conseguir dar ótimos conselhos aos amigos meus que estão com problemas. Fico feliz em saber que eu consigo animar uma pessoa com palavras boas, e que consigo fazer um sorriso aparecer na face de outra pessoa. Isso é muito bom, uma das melhores sensações que eu já tive – e que espero ter pelo resto da vida. Todavia, agora eu parei e pensei um pouco: Aquelas palavras tão bonitas que eu falei. Eu estou as cumprindo? Não, acho que não.

Eu já contei a vocês o porque de eu decidir escrever? Talvez já, talvez não. Mas, não ligo, falarei de novo: Eu fui cresci vendo aqueles desenhos japoneses, lendo aqueles livros, vendo aquelas séries, vendo aqueles filmes, lendo aqueles quadrinhos, ouvindo aquelas músicas. E eu me maravilhava com a forma com a qual os autores, desenhistas, atores, diretores, músicos e cantores conseguiam mexer com as minhas emoções. Era incrível. Foi com o tempo que eu notei que meu grande sonho era conseguir fazer o mesmo que eles! Criar emoções, brincar com as que já existiam.
Tentei uma pá de coisas; música (gaita e teclado, um desastre nos dois), mágicas com cartas, canto, desenho. Mas nenhuma deu muito certo. Foi então que eu me deparei com a escrita e me afeiçoei com ela.
Mas novamente eu paro pra pensar: Eu, como pessoa, não estou fazendo por onde. O que as músicas dizem, ou no ato daqueles personagens.

Então, depois de pensar muito sobre o assunto,(e já tentar me mudar quanto a este ponto várias vezes) eu decidi fazer isso de vez. Vou quebrar um pouco com a hipocrisia dos meus textos e dos meus conselhos e fazer por mim mesmo.
Eu preciso emagrecer, por questão de saúde e até por estética. Eu preciso estudar, pra entrar de uma vez na faculdade. Eu preciso treinar mais duro no Karatê. E eu preciso correr atrás de alguém pra mim. Que pelo menos a hipocrisia com a qual eu escrevi meus personagens possa se tornar um pouco real!
Então, minhas caras crias de contos e poemas, me emprestem um pouco de suas personalidades, tá?




Leia até o fim...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Passos não dados



E essa é a dor, querido.
Finda na mente, na silhueta longe.

Chuva caiu, não sem sentido.
Tido como contido, no fundo, na silhueta longe.

Resquícios do nada, você consigo.
Caminha no infinito, busca o finito, a silhueta longe.






Leia até o fim...

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