Este vai ser um texto um tanto... Diferente. Ou não. Vai saber, às vezes vocês entendem dos meus textos mais do que eu. Bom, o fato é que isto soará mais como uma conversa do que qualquer outra postagem.
Eu não sei se isso é válido, mas eu acho que todo o escritor de ficção é um hipócrita. Mas é um tipo de hipocrisia diferente. Ou... sei lá, é difícil de explicar. Sabe? Às vezes eu tento transmitir tantos tipos de sentimentos na minha escrita que eu acabo me esquecendo que a maioria deles, eu não vivi. Do tipo, a coragem de um personagem secundário; ou a força de vontade e o espírito incansável do protagonista daquele conto acolá; ou até mesmo um ato inesperado que um dos integrantes da história fez no meio da narrativa. Eu não passei por isso tudo. Não tive a coragem daquele fulano de tal numa hora que precisei ter, ou nunca tive a força de vontade daquele outro ciclano, ou então, eu nunca fui capaz de realizar um ato que era preciso.
Por isso, acaba que eu estou pensando assim: Meus personagens são melhores do que eu.
E, geralmente não é só. Ultimamente, eu fico orgulhoso de mim mesmo por conseguir dar ótimos conselhos aos amigos meus que estão com problemas. Fico feliz em saber que eu consigo animar uma pessoa com palavras boas, e que consigo fazer um sorriso aparecer na face de outra pessoa. Isso é muito bom, uma das melhores sensações que eu já tive – e que espero ter pelo resto da vida. Todavia, agora eu parei e pensei um pouco: Aquelas palavras tão bonitas que eu falei. Eu estou as cumprindo? Não, acho que não.
Eu já contei a vocês o porque de eu decidir escrever? Talvez já, talvez não. Mas, não ligo, falarei de novo: Eu fui cresci vendo aqueles desenhos japoneses, lendo aqueles livros, vendo aquelas séries, vendo aqueles filmes, lendo aqueles quadrinhos, ouvindo aquelas músicas. E eu me maravilhava com a forma com a qual os autores, desenhistas, atores, diretores, músicos e cantores conseguiam mexer com as minhas emoções. Era incrível. Foi com o tempo que eu notei que meu grande sonho era conseguir fazer o mesmo que eles! Criar emoções, brincar com as que já existiam.
Tentei uma pá de coisas; música (gaita e teclado, um desastre nos dois), mágicas com cartas, canto, desenho. Mas nenhuma deu muito certo. Foi então que eu me deparei com a escrita e me afeiçoei com ela.
Mas novamente eu paro pra pensar: Eu, como pessoa, não estou fazendo por onde. O que as músicas dizem, ou no ato daqueles personagens.
Então, depois de pensar muito sobre o assunto,(e já tentar me mudar quanto a este ponto várias vezes) eu decidi fazer isso de vez. Vou quebrar um pouco com a hipocrisia dos meus textos e dos meus conselhos e fazer por mim mesmo.
Eu preciso emagrecer, por questão de saúde e até por estética. Eu preciso estudar, pra entrar de uma vez na faculdade. Eu preciso treinar mais duro no Karatê. E eu preciso correr atrás de alguém pra mim. Que pelo menos a hipocrisia com a qual eu escrevi meus personagens possa se tornar um pouco real!
Então, minhas caras crias de contos e poemas, me emprestem um pouco de suas personalidades, tá?
Leia até o fim...
quarta-feira, 16 de março de 2011
Da Hipocrisia ao Futuro
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Notas
segunda-feira, 7 de março de 2011
Passos não dados
E essa é a dor, querido.
Finda na mente, na silhueta longe.
Chuva caiu, não sem sentido.
Tido como contido, no fundo, na silhueta longe.
Resquícios do nada, você consigo.
Caminha no infinito, busca o finito, a silhueta longe.
Leia até o fim...
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